terça-feira, março 06, 2012

Chapéu de Palha – Entre Douro e Minho

As diferentes regiões do país terão, certamente, os seus próprios modelos de chapéus, confecionados a partir da palha do centeio. Naturalmente que a nossa região também tem o seu modelo tipo de chapéu que, salvo um ou outro pormenor diferenciado entre terras mais afastadas, mas pouco relevante, se assemelha em todas elas.
A figura abaixo mostra-nos o tipo de chapéu, tanto masculino, como feminino, mais comum de Entre Douro e Minho.
Estes dois tipos de chapéu digamos que têm a mesma estética, todavia, existem algumas diferenças entre eles: enquanto que o da mulher tem a aba recurvada para baixo, o do homem tem-na para cima. Por outro lado, a aba do chapéu do homem era sempre adornada na sua extremidade com trança de bordo aos bicos, o da mulher poderia ser, ou não.
Estes são os únicos tipos de chapéu usados pelo povo, quer se dedicasse à lavoura, quer a outras profissões.
Convém referir que existiam chapéus, também de abas largas, mas arredondadas, com fita acetinada em redor da copa e com as pontas a descair na retaguarda, porém estes chapéus eram ostentados apenas por gente mais afidalgada.
Em alguns casos até os bordavam com fios de lã colorida.
O chapéu seguinte à direita é um produto da “revolução” verificada na indústria de chapelaria efetuada na década de 50 do século XX.
Por se assemelhar ao chapéu de feltro usado na época, rapidamente se popularizou em todas as terras, contudo, convém alertar que a época que os ranchos representam é muito anterior a esta. Sendo assim, torna-se imperioso retirá-lo rapidamente de circulação nas exibições públicas de modo a não ser passada uma imagem errada relativa aos usos das terras que os ranchos representam.
Fonte: Conselho Técnico de Entre Douro e Minho
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