CORDÕES E COLARES
Além
dos brincos, o cordão, cuja riqueza se media pelo número de voltas ao pescoço,
e algumas peças (medalhas, cruzes ou pingentes) eram os objectos mais desejados
pelas mulheres de todas as regiões.
Cordão |
Cordões - São
fios com dois metros e vinte (podendo, neste caso, dar quatro voltas ao
pescoço). Podem ser de elos redondos (como os manuais de antigamente) ou em
forma de pêra. Quanto ao peso, podem ser finos (linha), grossos (soga) e ocos. A
seguir aos brincos o cordão era a peça mais utilizada em todo o país. No Minho
primeiro eram adquiridos os “botões”, segundo o colar de contas e só depois o
cordão de ouro.
Cordão Torso |
Cordão de Grilhão |
Trancelim |
Trancelins - Só depois do terceiro ou quarto cordão é que era adquirido o trancelim. Têm o mesmo comprimento dos cordões, mas os seus elos são trabalhados normalmente em filigrana não muito “apurada”.
Gramalheira |
Colares de Gramalheira - A gramalheira (ou “gremalheira” ou “cramalheira”), sobrepondo-se e destacando-se dos demais adornos, é uma peça que, por razões económicas, não é muito popularizada - mas é de excecional efeito. Sobretudo quando, como em muitos exemplares, o respetivo colar exibe ornatos – muitas vezes com propriedade chamados “escamas” – tendo por intermédio bem urdida malha. Liga-o na parte em que arma o seio, um “botão” em forma de meia – laranja (não ultrapassando o diâmetro de sua base o de um vulgar botão de gabardina ou sobretudo), com gomos esmaltados alternando as cores azul e branca, circundado de pedrarias de fraco custo e dele irradiando, sinteticamente, em posições opostas, duas tiras rematadas por borlas emparelhadas com lindíssimo “florão” - semelhante, no formato e tamanho, a um ovo de galinha cortado ao meio, de alto-a-baixo. O “florão” é obrado em ouros diferentes e enfeitado com pedras, pequenas e redondas, azuis, vermelhas e brancas, idênticas às do “botão”. Pelo seu reduzido valor são tais pedras ditas “fanfarronas” e, como facilmente se deduz, será o “florão” (medalha de gramalheira), a completar apoteoticamente tão estimada joia.
COLARES DE CONTAS
Colar de Contas de Viana |
As contas
usavam-se em número variável, consoante a localidade, mas nunca, como agora, a
rodear completamente o pescoço. As contas iam só até ao meio do pescoço ligadas
por um fio de correr. Podia aumentar ou diminuir-se o colar consoante a
necessidade, e este terminava na parte de trás com um “pompom”. O fio era feito
manualmente, em algodão, e poderia ser vermelho, amarelo ou azul. Os “pompons”
eram das mesmas cores ou com fios mesclados.
O colar de contas raramente era
usado sem uma “pendureza”, normalmente uma borboleta, uma cruz de canovão
raiada com resplendor de filigrana ou uma custódia.
Contas de Viana - com forma esférica, círculos de filigrana e um granito ao centro -eram estas as mais usuais. |
Colar de Pipo - com forma oval e com estrias em forma de mola. |
Contas de Pipo |
Brasileiras- eram muito procuradas pela nossa emigração brasileira nos anos 20 do séc. passado, daí a designação
|
Artigo
Relacionado:
O Ouro Popular Português IO Ouro Popular Português II
Excelente este post sobre ouro português.
ResponderEliminarIsabel
Boas como posso fazer. Uma compra
ResponderEliminar