O pescador da Nazaré é um homem do mar, cinzelado pelo sal do mar e pelo sol escaldante. Em terra, quer sossego, permitindo que a mulher domine e organize, liderando a gestão da casa, da família e das economias.
No traje de trabalho, a camisa cai a direito. Confeccionada em escocês forte, de lã, tem à frente três pestanas verticais, em corte enviesado, terminando em bico. Uma central, partindo do colarinho, guarnecida com quatro carreiras enviesadas de três botões de madrepérola lisos e sem pé (apenas decorativos porque fecha com molas), remata a abertura da camisa. As outras duas, laterais, partem da costura do ombro, terminado em bico ao mesmo nível da pestana central. As três pestanas têm dois pespontos, afastados ½ cm. Entre as pestanas ficam duas pequenas pregas. Nas costas, a partir da lapela são pespontadas três pregas de cada lado. O colarinho é alto de pontas arredondadas, abotoado com dois botões no sentido da altura. Também é pespontado como as pestanas. As mangas são folgadas. Pregadas à camisa na abertura deixada ao alto pela costura lateral (não tem cava recortada), necessitam de um quadrado incrustado para fornecer amplitude. No extremo da manga o punho é igualmente pespontado e fecha com botões. A camisa do domingo era normalmente em escocês de lã fina.
Interiormente usam uma camiseta de castorina de cor creme, cinzenta, verde ou castanha de riscas, ou de flanela de cor lisa e viva.
As ceroulas são de escocês de lã cortadas a fio direito, com altura da cintura ao chão. Na cintura, a amplidão é adaptada ao cós por pregas armadas. Á frente fecha com carcela ou braguilha de três botões, e nos fundilhos é aplicado um reforço pelo lado de dentro. As extremidades das pernas possuem uma fita de lã de pontas compridas, que envolvem o tornozelo e ajeitam o tecido, formando um fofo.
As calças são de surrobeco ou de qualquer fazenda castanha ou preta, de feitio vulgar, direitas, de modo a terem bastante largura na extremidade da perna para facilmente serem arregaçadas. Só dois pormenores as distinguem. As algibeiras enviesadas e na extremidade da perna dois remendos mais ou menos rectangulares e de tamanhos diferentes, sendo o menor aplicado atrás e o maior à frente. Estes remendos começaram por ser utilizados por necessidade de conserto, passando a constituir moda. Usam voltar a bainha da calça de modo a ver-se o fofo da perna da ceroula.
O barrete de lã preta, usado na cabeça ou no ombro, é o complemento indicativo do tempo que ocorre, soalheiro ou chuvoso, em terra ou no mar, remendando as redes ou lançando-as ao mar. Usa uma cinta de lã preta com franja de cadilhos.
Os nazarenos andam vulgarmente descalços, quando calçados usam tamancos de pele preta com sola de madeira ou chinela de trança. No tempo frio usam umas polainas de malha de lã branca, que atam ou não com fita por baixo do joelho.
O principal abafo é Gabão de burel castanho. Farto, amplo e solto é comprido até aos tornozelos, com mangas largas, romeira (espécie de gola larga cobrindo os ombros) e capuz em bico. As mangas e o capuz têm uma virola em burel preto. É forrado a escocesas. Também era utilizado como trajo de luto.
No traje de trabalho, a camisa cai a direito. Confeccionada em escocês forte, de lã, tem à frente três pestanas verticais, em corte enviesado, terminando em bico. Uma central, partindo do colarinho, guarnecida com quatro carreiras enviesadas de três botões de madrepérola lisos e sem pé (apenas decorativos porque fecha com molas), remata a abertura da camisa. As outras duas, laterais, partem da costura do ombro, terminado em bico ao mesmo nível da pestana central. As três pestanas têm dois pespontos, afastados ½ cm. Entre as pestanas ficam duas pequenas pregas. Nas costas, a partir da lapela são pespontadas três pregas de cada lado. O colarinho é alto de pontas arredondadas, abotoado com dois botões no sentido da altura. Também é pespontado como as pestanas. As mangas são folgadas. Pregadas à camisa na abertura deixada ao alto pela costura lateral (não tem cava recortada), necessitam de um quadrado incrustado para fornecer amplitude. No extremo da manga o punho é igualmente pespontado e fecha com botões. A camisa do domingo era normalmente em escocês de lã fina.
Interiormente usam uma camiseta de castorina de cor creme, cinzenta, verde ou castanha de riscas, ou de flanela de cor lisa e viva.
As ceroulas são de escocês de lã cortadas a fio direito, com altura da cintura ao chão. Na cintura, a amplidão é adaptada ao cós por pregas armadas. Á frente fecha com carcela ou braguilha de três botões, e nos fundilhos é aplicado um reforço pelo lado de dentro. As extremidades das pernas possuem uma fita de lã de pontas compridas, que envolvem o tornozelo e ajeitam o tecido, formando um fofo.
As calças são de surrobeco ou de qualquer fazenda castanha ou preta, de feitio vulgar, direitas, de modo a terem bastante largura na extremidade da perna para facilmente serem arregaçadas. Só dois pormenores as distinguem. As algibeiras enviesadas e na extremidade da perna dois remendos mais ou menos rectangulares e de tamanhos diferentes, sendo o menor aplicado atrás e o maior à frente. Estes remendos começaram por ser utilizados por necessidade de conserto, passando a constituir moda. Usam voltar a bainha da calça de modo a ver-se o fofo da perna da ceroula.
O barrete de lã preta, usado na cabeça ou no ombro, é o complemento indicativo do tempo que ocorre, soalheiro ou chuvoso, em terra ou no mar, remendando as redes ou lançando-as ao mar. Usa uma cinta de lã preta com franja de cadilhos.
Os nazarenos andam vulgarmente descalços, quando calçados usam tamancos de pele preta com sola de madeira ou chinela de trança. No tempo frio usam umas polainas de malha de lã branca, que atam ou não com fita por baixo do joelho.
O principal abafo é Gabão de burel castanho. Farto, amplo e solto é comprido até aos tornozelos, com mangas largas, romeira (espécie de gola larga cobrindo os ombros) e capuz em bico. As mangas e o capuz têm uma virola em burel preto. É forrado a escocesas. Também era utilizado como trajo de luto.
Obra de referência – Abílio Leal de Mattos e Silva in “O Trajo da Nazaré”, Editorial Astória, Lisboa (1970)
Assunto relacionado neste blog: O Traje da Mulher da Nazaré
4 comentários:
Onde consigo visualizar mostruário com a camisa típica dos pescadores de Nazaré e como faço para adquirir?
Boa tarde o meu nome é Gustavo Barros e gostaria de saber se há algum site ou loja que venda os trajes típicos de pescadores da Nazaré.
O meu email é gustavo.barros@seaventy.pt
Boa tarde o meu nome é Carlos Beja e gostaria de saber se há algum site ou loja que venda os trajes típicos de pescadores da Nazaré. Sou de Sines e gostava de adquirir 2 fatos típicos de pescador
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