O minderico é uma lingua falada há várias gerações na vila de Minde. Este video, produzido e realizado pela TVMinde, parte integrante da CPM - Casa do Povo de Minde representa uma conversa quotidiana do passado onde se salienta o interesse pela vida alheia e a maledicência.
sexta-feira, março 22, 2013
quarta-feira, março 13, 2013
Os Alfacinhas e os Retiros das Hortas
Por Carlos Gomes
Os lisboetas tinham outrora o curioso costume de irem passear
às hortas que era, como quem diz, retirarem-se da cidade para poderem gozar
um pouco dos prazeres do campo, geralmente aos domingos. Deliciavam-se então
com os piqueniques familiares que organizavam ou simplesmente almoçar nas
velhas “casas de pasto”, assim designadas por inicialmente apenas darem
as forragens aos animais enquanto os donos negociavam na feira. Em muitas
delas, ainda se conservam as argolas que prendiam os animais.
Com o decorrer do tempo e vendo a oportunidade de
negócio, os proprietários das “casas de pasto” passaram também a dar de
comer aos donos dos animais e assim floresceu um negócio que veio a dar origem
aos modernos restaurantes e snack bares. Outras, porém, mantiveram parte
das suas características iniciais e adquiriram fama pela clientela que atraíam.
Eram os chamados “retiros das hortas”, muito apreciados da burguesia
citadina.
Nos retiros, conviviam fadistas e boémios,
nobres e burgueses, os quais procuravam no meio rústico um ambiente pitoresco
que a cidade não lhes proporcionava. E, desse costume que os lisboetas tinham
de ir às hortas, nasceu para sempre a expressão com que passaram a ser
designados, colando-se ao seu próprio gentílico os alfacinhas!
Ao artigo anterior acrescentamos:
«Alfacinhas – A
origem da designação perde-se: há quem explique que nas colinas de Lisboa primitiva
verdejavam já as "plantas hortenses utilizadas na culinária, na perfumaria
e na medicina" que dão pelo nome de alfaces. ‘Alface’ vem do árabe, o que
poderá indicar que o cultivo da planta começou aquando da ocupação da Península
pelos fiéis de Alá. Há também quem sustente que, num dos cercos de que a cidade
foi alvo, os habitantes da capital portuguesa tinham como alimento quase
exclusivo as alfaces das suas hortas.
O certo é que a palavra ficou
consagrada e, de Almeida Garrett a Aquilino Ribeiro, de Alberto Pimentel a
Miguel Torga, os grandes da literatura portuguesa habituaram-se a tomar
‘alfacinha’ por lisboeta.»
Fonte: Portal do FolclorePortuguês
terça-feira, março 05, 2013
Museu Nacional de Etnologia - Galerias da Vida Rural
Situado numa zona privilegiada da capital, no Restelo, o Museu
Nacional de Etnologia possui uma das mais magníficas e completas coleções
dedicadas ao mundo rural, merecendo a visita de todos os que por estas matérias
têm interesse. As Galerias da Vida Rural são um espaço dedicado às coleções
ilustrativas dos temas da agricultura, pastoreio, tecnologias tradicionais e
equipamento doméstico na sociedade rural em Portugal.
Testemunhos materiais de modos de vida evanescentes ou, em muitos casos, já desaparecidos no momento da sua recolha, a maior parte dos objetos apresentados nestas Galerias foi reunida sobretudo entre as décadas de 1960 e 1970, por Ernesto Veiga de Oliveira e Benjamim Pereira, elementos da equipa que está na origem do Museu Nacional de Etnologia e que com Jorge Dias e Fernando Galhano havia iniciado em finais da década de 1940 o seu percurso de investigação. Esta foi conduzida de acordo com um projeto inovador que consistiu em levantamentos e recolhas sistemáticas, extensivos a todo o território continental e ilhas, prestando particular atenção à identificação e estudo das técnicas e tecnologias tradicionais do mundo rural, com profunda consciência das mutações que se anteviam. Desta sólida investigação veio a resultar um conjunto de estudos monográficos, imprescindível para o conhecimento e a devida contextualização destas coleções, mas igualmente importante para a compreensão do desenvolvimento da Antropologia em Portugal.
Testemunhos materiais de modos de vida evanescentes ou, em muitos casos, já desaparecidos no momento da sua recolha, a maior parte dos objetos apresentados nestas Galerias foi reunida sobretudo entre as décadas de 1960 e 1970, por Ernesto Veiga de Oliveira e Benjamim Pereira, elementos da equipa que está na origem do Museu Nacional de Etnologia e que com Jorge Dias e Fernando Galhano havia iniciado em finais da década de 1940 o seu percurso de investigação. Esta foi conduzida de acordo com um projeto inovador que consistiu em levantamentos e recolhas sistemáticas, extensivos a todo o território continental e ilhas, prestando particular atenção à identificação e estudo das técnicas e tecnologias tradicionais do mundo rural, com profunda consciência das mutações que se anteviam. Desta sólida investigação veio a resultar um conjunto de estudos monográficos, imprescindível para o conhecimento e a devida contextualização destas coleções, mas igualmente importante para a compreensão do desenvolvimento da Antropologia em Portugal.
Na organização das coleções apresentadas cruzam-se dois princípios metodológicos. Em primeiro lugar, os objetos encontram-se reunidos por conjuntos sistemáticos – transportes, sistemas de atrelagem, alfaia agrícola, abrigos de pastor, tecnologia têxtil, sistemas de moagem e equipamento doméstico, assim evidenciando a multiplicidade de soluções desenvolvidas no quadro da diversidade regional do País. Por outro lado, o percurso pelos vários núcleos sistemáticos que estruturam as Galerias acompanha, em traços gerais, a sequência da produção, transformação, conservação e confeção de bens, designadamente de origem vegetal e animal, de importância central na sociedade rural portuguesa.
Horário de visita
3.ª feira, às 14h30
4.ª feira a Domingo, às 10h30 e às 14h30
Ao Domingo a visita da manhã é gratuita.3.ª feira, às 14h30
4.ª feira a Domingo, às 10h30 e às 14h30
Mais informações em: MuseuNacional de Etnologia
segunda-feira, março 04, 2013
Formação para Jovens em Monção
Até 5 de Março estão abertas as inscrições para quem quiser participar na formação "Folclore e Etnografia para Jovens". Trata-se de uma acção de "formação e capacitação" para os mais jovens, promovida pela Federação do Folclore Português.
A sessão decorre a 9 de Março, no pólo da Escola Profissional do Alto Minho Interior, em Monção,
e visa cativar a juventude para o folclore nacional, dando-lhe competências e promovendo a qualidade e a representatividade da região.
Todos os jovens (18 aos 30 anos), inseridos em ranchos folclóricos da região, podem participar nesta acção de formação.
A formação sobre o "Folclore e Etnografia para Jovens" acontece a 9 de Março, das 9h00 às 18h00, no auditório da Escola Profissional do Alto Minho Interior, em Monção.
A "Cultura Popular Portuguesa", "Recolhas, Preservação e Representação" e a "Imagem, Comunicação e Divulgação" serão os temas em destaque nesta acção de formação.
A iniciativa é organizada pela Federação do Folclore Português, com o apoio do Grupo das Lavradeiras de S. Pedro de Merufe (Monção), da Câmara Municipal de Monção e do Conselho Técnico Regional do Alto Minho.
A sessão decorre a 9 de Março, no pólo da Escola Profissional do Alto Minho Interior, em Monção,
e visa cativar a juventude para o folclore nacional, dando-lhe competências e promovendo a qualidade e a representatividade da região.
Todos os jovens (18 aos 30 anos), inseridos em ranchos folclóricos da região, podem participar nesta acção de formação.
A formação sobre o "Folclore e Etnografia para Jovens" acontece a 9 de Março, das 9h00 às 18h00, no auditório da Escola Profissional do Alto Minho Interior, em Monção.
A "Cultura Popular Portuguesa", "Recolhas, Preservação e Representação" e a "Imagem, Comunicação e Divulgação" serão os temas em destaque nesta acção de formação.
A iniciativa é organizada pela Federação do Folclore Português, com o apoio do Grupo das Lavradeiras de S. Pedro de Merufe (Monção), da Câmara Municipal de Monção e do Conselho Técnico Regional do Alto Minho.