Botas de Cano - Matosinhos |
Matéria:
Madeira; Metal (ferro); Cabedal
Dimensões
(cm): altura: 53; largura: 17; comprimento: 31;
Descrição: Botas (par) de cano alto e rasto em madeira; e
gáspea, talão e pala de cabedal de cor acastanhada. O rasto apresenta vestígios
de tingimento a cor vermelha. É constituído por salto, enfranque e pata. O
salto é baixo e apresenta, a ladear os contornos exteriores formando espécie de
ferradura, uma aplicação de tira de sola de cor preta, semeada com cardas de
ferro justapostas às suas extremidades. O enfranque é curvilíneo, em
continuação com a pata. Esta, apresenta três aplicações de sola: duas de lado e
uma, à frente, com os contornos da biqueira. São todas semeadas com cardas de
ferro, de formato circular. A unir o rasto à gáspea e ao talão, uma banda de
sola de cor preta, pregada de espaço a espaço por pregos metálicos de cabeça
pequena batida. Na zona da biqueira, apresenta, em vez desta banda, uma outra,
de formato semicircular, que a cobre e à dianteira do rasto. A gáspea e o
talão, embora simétricos, são de igual formato, apresentando uma boca que forma
um lóbulo ao centro. A esta boca está costurado um cano do mesmo material, que
estende até acima dos joelhos, formando uma pala - um grande lóbulo na parte
dianteira. A costura é visível através de duas fileiras executadas a linha de
cor branca, nos contornos superiores das gáspeas. O cano é feito de uma só peça
de cabedal, sendo que é cosido, longitudinalmente, do lado interior da bota a
linha de cor branca. Na extremidade superior de tal costura, e na do lado
oposto a esta, espécie de presilha de cabedal. As presilhas do lado interior da
bota, apresentam um anel feito em corda.
Sapatos Homem - Algarve |
Datação: XIX d.C. - XX d.C.
Matéria: Sola; Calfe; Metal
Dimensões (cm): altura: 8; largura: 10;
comprimento: 27,5;
Descrição: Sapatos (par) com rasto em sola.
Este apresenta um salto baixo, constituído por duas camadas de sola pregadas e
coladas. A parte superior dos sapatos é constituída por gáspeas, talão e
biqueira. Todas estas peças são em calfe de vitela de cor preta. As gáspeas
estendem-se sobre o peito do pé, formando, nesta zona, uma língua. O talão
percorre a zona do calcanhar, diminuindo a sua altura, e formando duas orelhas
que se sobrepõem à língua das gáspeas. Estas apresentam três furos, dados
longitudinalmente, por onde passa um atacador de cor preta. A biqueira, do
mesmo material, forma uma meia-lua de orla ponteada à máquina e furada em
pequenos círculos, de espaço a espaço. O interior dos sapatos é forrado a
couro, apresentando também, sobre o rasto, uma palmilha em couro de cor branca.
Proveniência: Faro / Loulé / Alte.
Botas - Baixo Alentejo |
Datação: XIX
d.C. - XX d.C.
Matéria:
Couro; Borracha; Metal
Dimensões (cm): altura: 27; largura: 10; comprimento: 25;
Descrição: Botas (par) com rasto em couro, constituído por
salto, enfranque e pata.
O salto é alto e afunilado. É forrado a borracha de cor
preta, à qual estão aplicados vários pregos metálicos. O enfranque é esguio e a
pata de bico ligeiramente levantado. Esta zona é completamente recoberta de
pregos metálicos. Pregadas ao rasto surgem as gáspeas de couro. A elas, na orla
interior, está aplicado, por dentro, um talão alto, formando um cano. Este é
aberto longitudinalmente, à frente, ao centro. Apresenta, em cada aba quinze
ilhós metálicas. Por entre as abas, surge uma língua de couro que está aplicada
na extremidade inferior da abertura, por baixo do talão e das gáspeas.
Proveniência: Beja /SerpaBotas da Pesca do Bacalhau |
Matéria:
Cabedal e madeira
Dimensões
(cm): altura: 58;
Descrição: Par de botas que cobrem o pé e parte da perna até
aos joelhos.
Origem / Historial: Estas botas de bacalhoeiro pertenceram ao
pescador Armando Bizarro Valverde, da Nazaré. Era o calçado que os pescadores
usavam quando escalavam o bacalhau.
Proveniência: Nazaré.
Fontes:
Museu de Arte Popular.
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