Este trajo de festa é oriundo da zona montanhosa do distrito de Braga, possuindo pormenores muito próprios. A jaqueta bordada é enriquecida pela aplicação de peles pretas, a que chamam “màràbu”, sendo, por isso, utilizada no Inverno. Também o lenço cruzado sobre o peito serve de contorno às peças de ouro, que não devem ultrapassa-lo.
Veste camisa branca, da qual apenas é visível o folho bordado que guarnece o cós do decote, oculta sobre a jaqueta preta de “armur”, decorada com “vidrilhos” e aplicações de pele nas frentes e mangas. A saia de “baetilha” é muito franzida na cintura e aparelhada até meia altura com aplicação de tiras de veludo, bordados a “vidrilhos” e fita de cetim. O avental é de veludo preto, bordado e guarnecido a galão. Preso na cinta, o lenço de pedidos branco marcado a preto com motivos de simbologia amorosa. Por baixo da jaqueta, usa um lenço de merino, denunciado apenas pelas franjas amarelas que espreitam junto à aba. Sobre os ombros, lenço de seda preta lavrada a amarelo com motivos florais. Calça meias rendadas brancas e chinelas pretas pespontadas a branco. Como adornos podemos ver fio de contas, cordões, cruzes, corações e brincos à rainha pendendo das orelhas.
É, assim, um trajo de uma mulher abastada.
É, assim, um trajo de uma mulher abastada.
Referência Bibliográfica: O Trajo Regional em Portugal, Tomaz Ribas, Difel, 2004
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