Até 1843, as antigas Terras da Maia
comportavam 74 freguesias compreendidas entre o Oceano Atlântico e o Monte
Córdova (Santo Tirso), do Rio Ave à Foz do Douro, passando por Nevogilde,
Cedofeita, Paranhos, Gondomar, Ermesinde, Santa Maria da Reguenga, Santo Tirso,
Macieira da Maia a Azurara.
Na Maia o traje de domingar ou de
festa era por excelência o mais representativo pelo negro das saias de baetão
com barra de veludo. Junto ao corpo saias brancas de linho
rendadas, culotes e as meias feitas à mão e rendadas que não deixavam mostrar
um milímetro do seu corpo.
Sobre todas estas saias caía um
avental comprido adornado na barra com rendas de algodão da mesma cor e, por
vezes um ou outro vidrilho em contraste com as blusas brancas de linho alvo de
neve com colete estampado de pequenas flores coloridas, ajustado a corpo,
cobrindo-se com um belo e colorido lenço de merino vermelho ou amarelo, verde
ou azul e por vezes castanho.
Na cabeça a mulher maiata cobria-se
com maravilhosos lenços ora de seda, bibinete ou filó de três pontas soltas
sobreposto com um chapeuzinho de feltro de veludo de aba revirada e redondo,
adornado com um pequeno espelho, tinha também duas fitas pretas com breu caindo
sobre o lenço branco bordado à mão.
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