sábado, outubro 13, 2018
sexta-feira, julho 06, 2018
sexta-feira, junho 29, 2018
Círio de Nª Srª da Vitória - Nazaré
O Círio de Nossa Senhora da
Vitória celebra-se anualmente na Quinta-Feira da Ascensão e envolve toda a
comunidade. Segundo a tradição ancestral, faz o percurso do Santuário de Nossa
Senhora da Nazaré em direção à Capela de Nossa Senhora da Vitória, em Paredes
(concelho de Alcobaça), evocando a pequena comunidade piscatória que aí residia
e que, no século XVI, pelo avanço das areias do mar, se refugiou na Pederneira
e Famalicão, atualmente pertencentes ao concelho da Nazaré.
Sendo o único que parte do
Santuário da Nazaré, este círio é organizado de juiz em juiz, para prestar o
reconhecimento pela proteção sagrada aos "homens do mar". O colorido
dos trajes, a imponência dos cavalos, o ritmo da música, a genuinidade das
loas, os acampamentos, os bailes e almoços no areal, transformam o Círio de
Nossa Senhora da Vitória num dos maiores espetáculos da cultura nazarena que,
através dos séculos, tem mobilizado as gentes locais para uma experiência
cumpridora de um rigoroso ritual, onde a devoção serve de pretexto para a festa
e o convívio popular.
As fotografias a preto e branco desta
festividade religiosa são da autoria de Álvaro Laborinho e reportam-se a 1914.
No terreiro do Sítio, e enquadrado pela fachada principal do Santuário de Nossa
Senhora da Nazaré em que se evidenciam as torres sineiras, encontra-se um
aglomerado de pessoas montadas em cavalos e burros ornamentados com mantas e
flores. Um dos homens segura uma bandeira. Destaca-se o rapaz em primeiro
plano, com um estandarte e usando traje de "anjo", capa e coroa
florida. A maioria dos romeiros usa chapéu ou boné.
Este guião foi realizado para o Círio de 1959, por Irene
Maurício, costureira com quem Lídio Maurício viria a casar. Ambos foram juízes
nesse ano.
Fonte: Museu Dr. Joaquim Manso
terça-feira, março 20, 2018
OS QUE A FOME ESCORRAÇA (EM FATO DOMINGUEIRO)
As convulsões políticas,
económicas e sociais do final do sec.XIX e do sec.XX levaram milhões de
portugueses à emigração, numa diáspora que os espalhou pelo mundo.
Um desses destinos foi o Havai
(antigas ilhas Sandwich), onde em 1914 residiam 25 mil portugueses, sobretudo provenientes
das ilhas dos Açores e Madeira, trabalhando arduamente nos campos de cana-de-açúcar,
agricultura e comercio. Note-se, que o famosos ukelele, mais não é que o nosso
cavaquinho levado madeirense João Fernandes e que terá difundido pelos nativos
dessas ilhas do pacifico.
Em 1911, a revista Ilustração
Portuguesa dá notícia da partida de um milhar de alentejanos oriundos das
serranias de Serpa e que rumaram ao Havai, aliciados por engajadores com promessas
do paraíso na terra.
Para o objeto deste blog interessa
sobretudo a qualidade das imagens e a fonte etnográfica que estas representam,
por mostrarem um povo que deixa para trás tudo o que possui (muito pouco) e
conhece e parte ao desconhecido, carregando os parcos pertences mas envergando
as suas melhores roupas. Na realidade, as imagens retratam homens, mulheres e
crianças nos seus trajos domingueiros, como quem vai para uma festa, pois para
a maioria, esta terá sido a 1ª e única viagem.
Fica o registo fotográfico.
sábado, março 10, 2018
II Encontro "Falando de Etnografia" em Peniche
Iniciativa organizada pelo Município de Peniche , a Associação Folclorica da Região de Leiria e Alta Estremadura e o Rancho Folclórico de Geraldes. Uma actividade para engrandecer os conhecimentos dos folcloristas do nosso concelho. Certamente irá valer a pena!
(pormenor do fundo do cartaz: xaile recolhido em Geraldes pelo RFG)
(pormenor do fundo do cartaz: xaile recolhido em Geraldes pelo RFG)
sexta-feira, março 02, 2018
segunda-feira, fevereiro 12, 2018
domingo, janeiro 28, 2018
Trajes de Noiva I - Monsanto
O Casamento é um evento especial na vida de qualquer homem
ou mulher, para além de todo o seu significado social, é sobretudo um dia de
festa e o traje reflete esse momento de alegria.
Ao contrário de hoje, no final do sec. XIX, entre a classe
popular não se casava de branco, o negro era sinónimo de sobriedade, nobreza,
solenidade e como tal a cor predominante nestes e noutros momentos especiais da
vida.
A imagem que vos trago hoje é o da noiva de Monsanto “a
aldeia mais portuguesa de Portugal”, concelho de Idanha-a-Nova.
Destaca-se pelo uso da mantilha sobre a cabeça, também
coberta por um veu ou lenço de seda, esse sim, branco.
Fotografia tirada na escadaria da Câmara Municipal de
Castelo Branco. Em primeiro plano quatro mulheres vestidas com trajes
regionais. O traje de noiva é o segundo.
Enquanto traje, pouco difere do de uso domingueiro das
mulheres desta região
Trajes da Aldeia de Monsanto / Foto de Orlando Rego
segunda-feira, janeiro 08, 2018
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