sábado, abril 30, 2011

Trajes de Noivos - Perre - Minho

O Grupo de Danças e Cantares de Perre, digno representante das tradições do Minho, apresenta dois pares de noivos que caracterizam duas épocas distintas: uma dos finais do século XIX e outra, mas recente, dos princípios do século XX. O traje do noivo poucas diferenças apresenta. Já o mesmo não se pode dizer em relação à noiva.

Noivo
O traje de noivo é idêntico ao fato de luxo diferenciando-se, no entanto, pelo facto de a camisa ser bordada a branco nos ombros e no peito (sem quadra).
O fato de noivo distingue-se, ainda, por não utilizar a faixa, inclui um colete preto, bem como uma casaca (casaco e laço no caso do mais antigo). O noivo, em Perre, faz-se sempre acompanhar pelo guarda-chuva. Este não servia apenas para resguardar o homem de condições atmosféricas desfavoráveis. Era tido como parte essencial do traje.
Noiva
O traje da noiva mais recente é muito semelhante ao da mordoma (“vestido de pano” preto), acrescentando-se-lhe o véu, de balbinete, branco e, o ramo de noiva.
O traje mais antigo apresenta uma saia de riscas em tons negros, tecida no tear, com forro preto. Usa também casaca preta e lenço preto que aperta em cima da cabeça. O ouro era o mesmo que usava aquando da mordomia.


Fonte: Grupo de Danças e Cantares de Perre

2 comentários:

Antonio Fernandes disse...

Porque é que noiva usava o fato preto

Carlos Cardoso disse...

Caro António
O preto era a cor dos actos solenes, de alegria e luto, do casamento e da mortalha.
O vestido branco da noiva é uma invenção dos finais do sec. XIX inicio sec.XX. Tenho fotos de uma noiva da alta burguesia do final do sec.XIX toda de preto, até o véu.
Diz-se que a primeira mulher a casar de branco foi Josefina, mulher de Napoleão.