quinta-feira, fevereiro 28, 2008

Profissões antigas de Lisboa



Nota: Por lapso a imagem referente às lavadeiras não é de Lisboa, mas de Coimbra, as minhas desculpas pelo equivoco.


Carlos Cardoso

sexta-feira, fevereiro 15, 2008

O modo de usar o lenço – Leiria – Estremadura

O trajo, no seu todo, não é mais que o conjunto das partes, ou seja, é composto por vários elementos que em separado dificilmente nos conseguem dizer algo sobre o modo, quem ou quando se usava. Quem estuda trajos, muitas vezes, baseia o seu trabalho em imagens antigas, com muita ausência de pormenor e que, não poucas vezes, deixam mais duvidas que certezas. As imagens que vos apresento, encontrei-as na Internet e são reproduções de postais da do Turismo de Leiria, representam duas formas de pôr o lenço com o chapéu na região de Leiria e são esclarecedoras quanto ao modo de usar. São estudos de lenços de Anjos Teixeira, datados de 1942 e 1950, que pela riqueza de pormenor merecem ser apreciados.

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terça-feira, fevereiro 12, 2008

Almocreve ou Azemel – Batalha – Estremadura

Os almocreves ou azemeis, do árabe "az-zammal" (o que impele), e que significa condutor de azémolas (besta de carga), eram pessoas que conduziam animais de carga e/ou mercadorias de uma terra para outra.

Numa época de comunicações limitadas, os almocreves eram essenciais como agentes de comunicação inter-comunitária (além de serem indispensáveis ao abastecimento de bens às vilas e cidades). De entre as rotas de abastecimento mais importantes, destaque para as que levavam os almocreves a transportar peixe para o interior e, no sentido inverso, cereais. Não confundir almocreves com mercadores, pois que na maior parte das vezes os bens que transportavam não eram propriedade sua, embora fosse comum um almocreve ser também mercador.

Este traje, dos finais do século XVIII e princípios do século XIX, apresenta calções verdes com os folhos das ceroulas à vista. Botas de meio cano com espera no pé direito. Cinta violácea. Jaleco castanho, colete, camisa de linho com folhos. Chapéu minderico com borla na aba. Lenço debaixo do chapéu. Corrente de prata ou de ouro no colete com moedas pendentes. Varapau ferrado para conduzir os animais.
Site recomendado: Rancho Folclórico Rosas do Lena
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domingo, fevereiro 03, 2008

Pescadores do Tejo - Ortiga – Beira Baixa


Ortiga é uma freguesia do Concelho de Mação e distrito de Santarém, encontrando-se na confluência de três províncias - Ribatejo, da Beira Baixa e do Alto Alentejo - soube fundir as três culturas e moldá-las com usos e costumes muito próprios, determinados sobretudo pela omnipresença do rio Tejo.

Os trajos desta região não eram muito ricos, já que a terra é pobre e o povo tinha magras posses, havendo no entanto alguma variedade, especialmente no trajo da mulher. A sua confecção é modesta e o corte simples, sóbrio e pouco colorido, apesar de bem cuidado, notando-se os tons escuros a condizer com a paisagem envolvente. De uma maneira geral, as mulheres sabiam costurar e por vezes os trajos que usavam durante muito tempo, iam sofrendo pequenas alterações e adaptações, de forma a serem aproveitados ao máximo, já que as posses eram poucas e não permitiam que se fizessem trajos novos com frequência.

O trajo que vos apresento é o dos Pescadores do rio Tejo, já que este serve de fronteira à freguesia e naturalmente influenciava a forma de viver das suas gentes.

O homem veste camisa de riscado, colete de cotim sem botões, calça de cotim, cinta preta, barrete preto e calça tamancos ou botas grosseiras.

A mulher veste blusa de riscado ou chita, saia de lã ou fazenda, avental de riscado e lenço de merino ou algodão. As saias de baixo eram em flanela ou algodão, calça meias de cordão sem pé e tamancos.

Fonte: Grupo Etnográfico e Folclórico da Liga Regional de Melhoramentos de Ortiga