A
maravilha da nova tecnologia, que permitia fixar uma imagem no tempo e reproduzi-la
infinitamente, fascinou um grande número de fotógrafos por toda a Europa no sec. XIX.
Também em Portugal surgiram muitos fotógrafos, alguns deles estrangeiros, e foram criadas associações da classe. O mais famoso pela sua genialidade foi Carlos Relvas (1828-1894), cuja fortuna permitiu a aquisição dos melhores equipamentos da época e a construção de um estúdio, que é ainda hoje um dos ex-libris da Golegã.
Das
várias técnicas de impressão existentes à época, uma das mais difundidas foi a
utilização de papel de albumina, que permitiu as primeiras publicações com
albuminas coladas.
Uma
dessas publicações é um álbum fotográfico de 1860, existente no Palácio
Nacional da Ajuda, com albuminas de variadíssimos temas, desde monumentos a
retratos, nomeadamente da família real, assinado por Francisco Rocchini (1822-1895).
De entre esses retratos, realça-se o seguinte conjunto de figuras do povo sem qualquer referência à sua origem, mas que se pensa terem sido tiradas em Lisboa, já que era aí que se situava o seu atelier de fotografia.
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