domingo, maio 20, 2012

Desfile do trajo popular nacional na Capital Europeia da Cultura

Milhares de pessoas presenciaram o desfile do trajo popular nacional em Guimarães este sábado (19 de Maio) numa noite muita fria.

O desfile foi uma produção conjunta da área de programação da Capital Europeia da Cultura e a Federação do Folclore Português, sendo uma iniciativa do projecto Pop Arte.

Pela passerelle montada no Largo do Toural, passaram cerca de mil figurantes, num espectáculo que durou perto de duas horas.

Homens e mulheres representaram quadros das várias regiões do país, num desfile etnográfico da mais genuína cultura popular portuguesa.


sábado, maio 19, 2012

Exposição Nacional do Trajo ao Vivo

No dia em que é apresentada a Exposição Nacional do Tajo ao Vivo em Guimarães pareceu-me interessante recordar a edição que ocorreu em Águeda há alguns anos.


Madeira anos 1930



Trata-se de um filme mudo sobre a Madeira no inicio de 1930, onde se pode ver algumas das pitorescas figuras da ilha.

segunda-feira, maio 14, 2012

Encontros de Formação e Capacitação de Jovens Folcloristas



Realizou-se no passado dia 12 de Maio mais um Encontros de Formação e Capacitação de Jovens Folcloristas sobre o tema “Folclore e Etnografia para Jovens”, desta feita em Sousel, no coração do Alto Alentejo.
Trata-se de uma iniciativa da Federação do Folclore Português e do seu Gabinete da Juventude, que através das estruturas locais têm dinamizado estas iniciativas, dirigidas a jovens entre os 18 e os 30 anos, provenientes de grupos federados e não federados.
Nestas sessões desenvolvem-se as temáticas “Cultura Popular Portuguesa”, “Recolhas, Preservação e Representação” e “Imagem, Comunicação e Divulgação”.

Em Sousel estiveram presentes cerca de cinquenta jovens, extremamente participativos e interessados em adquirir conhecimentos, tendo os trabalhos sido dirigidos pela Dr.ª Rita Leitão, Engª Manuela Carriço, Sr. Florêncio Cacete e Sr. João Carriço, contando com uma participação sempre especial do Prof. Martinho Dimas da Associação de Folcloristas do Alto-Alentejo.

Estas iniciativas vão-se repetir um pouco por todo o país e devem ser aproveitadas pelos jovens e grupos de folclore, pois trata-se de momentos únicos para troca de experiências e saberes. Só desta forma, as nossas tradições populares podem ser passadas às novas gerações e o folclore poderá continuar vivo, mantendo a sua essência e rigor.
Bem-hajam a FFP por estas iniciativas, há muito desejadas e necessária e à AFA e Câmara Municipal de Sousel pelo apoio prestado.

“Trajes de Portugal” terá todo o gosto em divulgar e/ou em participar tal como fizemos agora em Sousel.

sexta-feira, maio 04, 2012

Onde os Bois Lavram o Mar - Praia de Mira

"Onde os Bois Lavram o Mar" é um documentário produzido pela RTP sobre a população da Praia de Mira.

quinta-feira, maio 03, 2012

Documentário de 1932

Documentário realizado em 1932, na região do Carregado, Alenquer, sobre as várias fases da produção, tratamento e recolha da uva.
Música: Carlos Paredes
Recolhido e adaptado por: Rui Rosa e João Rosa

quarta-feira, maio 02, 2012

As Sete Saias da Nazaré

De origem relativamente recente, a Nazaré “nasceu” do recuo do mar e do assoreamento progressivo da praia durante o século XVII, começando a ser conhecida e frequentada como praia de banhos apenas em meados do século XIX. A população nazarena tem as suas raízes muito ligadas a outros marítimos como os Ílhavos e outros povos da Ria de Aveiro, que trouxeram com eles para a Nazaré não só novas artes de pesca, mas também o modo de vestir e até de falar. Ao longo dos anos essas novas maneiras foram aqui evoluindo, transformando-se e adaptando-se às necessidades da vida.

As sete saias fazem parte da tradição, do mito e das lendas desta terra tão intimamente ligada ao mar. Diz o povo que representam as sete virtudes; os sete dias da semana; as sete cores do arco-íris; as sete ondas do mar, entre outras atribuições bíblicas, míticas e mágicas que envolvem o número sete. A sua origem não é de simples explicação e a opinião dos estudiosos e conhecedores da matéria sobre o uso de sete saias não é coincidente nem conclusiva. No entanto, num ponto todos parecem estar de acordo: as várias saias (sete ou não) da mulher da Nazaré estão sempre relacionadas com a vida do mar. As nazarenas tinham o hábito de esperar os maridos e filhos, da volta da pesca, na praia, sentadas no areal, passando aí muitas horas de vigília. Usavam as várias saias para se cobrirem, as de cima para protegerem a cabeça e ombros do frio e da maresia e as restantes a taparem as pernas, estando desse modo sempre “compostas”. A introdução do uso das sete saias foi feito, segundo uns, pelo Rancho Folclórico Tá-mar nos anos 30/40, segundo outros pelo comércio local no anos 50/60 e ainda de acordo com outras opiniões as mulheres usariam sete saias para as ajudar a contar as ondas do mar (isto porque “ o barco só encalhava quando viesse raso, ora as mulheres sabiam que de sete em sete ondas alterosas o mar acalmava; para não se enganarem nas contas elas desfiavam as saias e quando chegavam à última, vinha o raso e o barco encalhava”). O uso de várias saias pelas mulheres da Nazaré também está ligada a razões estéticas e de beleza e harmonia das linhas femininas – cintura fina e ancas arredondadas, (esta poderá ser também uma reminiscência do traje feminino de setecentos que as damas da corte usavam - anquinhas e mangas de renda - e que pavoneavam aquando das visitas ao Santuário da Senhora da Nazaré), podendo as mulheres usarem 7, 8, 9 ou mais saias de acordo com a sua própria silhueta. Certo é que a mulher foi adoptando o uso das sete saias nos dias de festa e a tradição começou e continua até ao presente. No entanto, no traje de trabalho são usadas, normalmente, um menor número de saias (3 a 5).