No passado dia 21 de Novembro
realizou-se em Geraldes (Peniche) um animado colóquio sobre “O Trajar”
organizado pelo Rancho Folclórico de Geraldes.
A par do colóquio foi possível admirar
uma pequena, mas abrangente, exposição de um conjunto de trajes do grupo, do
qual destaco, por gosto pessoal, o vestuário infantil.
A mesa foi constituída por
Ricardo Gomes (coordenador do Rancho Folclórico de Geraldes), José Vaz (CTR da
Alta Estremadura) e Maria Emília Francisco.
Maria Emília Francisco, José Vaz e Ricardo Gomes |
Ricardo Gomes retratou a importância
geográfica, social e económica do Concelho de Peniche. Abordou ainda temas como
a migração de povos de regiões próximas e longínquas, as trocas comerciais
entre Lisboa, Peniche e Caldas da Rainha, e a importância do Círio da Merceana.
Maria Emília Francisco começou
por apresentar alguns conceitos sobre folclore, a missão dos grupos folclóricos
e a importância da qualidade da representação.
Quanto ao traje, considerou-o o
bilhete de identidade do seu portador, já que o identifica no espaço socioeconómico
da época em que viveu.
Realçou o trabalho de recolha,
chamando a atenção para as recolhas fotográficas e o cuidado a ter na sua
análise.
Abordou ainda outras temáticas,
como a caracterização do traje relativamente à função, os materiais utilizados
e a forma correta de representação do traje, propondo a eliminação das
alterações introduzidas a gosto moderno.
O estudo do folclore deve estar
integrado com outras ciências, nomeadamente, a história, a geografia, a
sociologia, a antropologia, etc., já que este é um museu vivo de partilha de
saberes.
A grande participação do público
no período de questões demonstrou o interesse do tema escolhido pela
organização.
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