No século XVIII, sobretudo no reinado de D. João V, as “Touradas Reais” atingiram um fausto até então nunca visto. É esse fausto que se evoca hoje na corrida de Gala à Antiga Portuguesa. Vestidos à época, apresentar-se-ão o Neto, símbolo da autoridade na arena, os Pajens do Neto, em número de seis, os oito Charameleiros e o Timbaleiro, que constituem o Bando (espécie de arautos, anunciadores da “Tourada”), os doze Porta-Estandartes das casas nobres cujos representantes participavam na “Tourada”, os seis Pajens dos Cavaleiros e os dois coches com os seis cavaleiros. A entrada dos coches na arena é, porventura, o momento culminante do cortejo, pela grandiosidade que, nesse momento, o cenário atinge. A figuração por cada coche é constituída por um Cocheiro, um Moço de Tábua, dois Alabardeiros e dois Porta-Guias da parelha de tiro. Atrás dos coches seguem, os cavalos de combate, cobertos por telizes de veludo bordado, conduzidos à mão pelos respectivos Porta-Guias. Recolhido o cortejo, o Neto manda entrar na arena a “Azémola das Farpas”, que transporta a ferragem que será usada na “Tourada”. Conduzida à mão pelos forcados, a sua entrada em cena constitui um momento sempre hilariante. Depois da saída da “Azémola das Farpas”, o Neto recebe do Director de Corrida as chaves do touril e vai entregá-las ao chefe dos curros. Retira-se o Neto e dá-se início às cortesias ao uso contemporâneo.
O traje da imagem é um Traje de Neto do Séc. XIX , que serviu ao infante D. Manuel numa garraiada em Sintra (1899) e é pertença da colecção do Museu Nacional dos Coches.O conjunto é composto por gibão, calça de seda preta, chapéu de seda preta com pluma e luvas, de confecção portuguesa.
Fonte; Blog do Vasco
1 comentário:
Olá Carlos Cardoso,
Só tenho que agradecer o "serviço cívico" que está a prestar ao país. Parabéns pelo trabalho.
Bem haja!
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