A transposição
para um mapa das fronteiras de um povo, nação ou cultura, sempre foi complicado
e motivo das mais diversas discórdias e nem sempre com os melhores resultados.
Fazendo aqui um
pequeno parêntesis ao propósito deste artigo, não podemos esquecer que os
tratados assinados após conflitos entre grandes potências incluíam a divisão de
territórios sem a menor preocupação com a identidade local, resultando décadas
ou séculos mais tarde em guerras de libertação e regionais.
A divisão
etnográfica do mapa de Portugal também não é uma matéria pacífica, já que não é
possível estabelecer fronteiras específicas e estanques entre populações de
duas áreas geográficas próximas, nem afirmar não existirem influências
etnográficas entre essas regiões.
No entanto, esta divisão regional
da carta etnográfica de Portugal é essencial para quem pretende estuda
etnografia.
De destacar
nesta matéria as propostas de divisão geográfica de Amorim Girão, Hermann
Lautensach, Orlando Ribeiro e Jorge Dias.
A divisão
regional que apresento é a proposta por Tomaz Ribas, que a considerou de
carácter definitivo ou científico, mas como um instrumento de trabalho.
É esse o nosso
objectivo, deixar aqui um instrumento de trabalho.
Fonte: Tomaz Ribas, in O Trajo Regional em Portugal, DIFEL/INATEL, 2004
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