O
saiote constituía uma das peças do trajar da mulher de Trás-os-Montes. É
diferente do que geralmente se conhece como saiote, ou seja uma saia branca
interior de linho ou algodão. A essa peça dá-se o nome em Trás-os-Montes de
“Enágua” que é uma saia interior branca, de linho, ou então a parte baixa das
camisas de linho femininas que antigamente chegavam ao joelho ou inclusive mais
abaixo.
O
saiote propriamente dito é uma saia igual à saia exterior, a diferença está em
que o dito saiote era sempre de cores garridas (vermelho, azul, verde, amarelo,
laranja etc..) e costumava ser exibido como saia de fora pelas raparigas jovens
principalmente em ocasiões festivas.
De
lã grossa, costumava ser feito de baeta ou burel tingido em casa e era
engalanado, quando servia para um dia de festa, com fitas de veludo, saragoça
preta picada (picado) ou bordados de lã.
Era
usada todo o ano, fosse inverno ou verão e uma das suas funções seria a de
realçar e aumentar as ancas femininas, padrão de beleza na época. Uma mulher
com posses usava além da enágua um, dois ou até mais saiotes de lã. Por cima
destes a saia de fora, de saragoça, estamenha ou burel geralmente de cores mais
escuras (preto ou roxo).
Fonte: Rui Magalhães
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