Trata-se de uma capa ampla e comprida, com fazenda de lã castanha e gola de pele de borrego da mesma cor. Possui 2 romeiras sobrepostas, aperta na frente com carcela e 4 botões e os bolsos são embutidos com cós.
O capote, sendo um abafo foi concebido para proteger o seu utilizador dos rigores do frio da planície. A gola, usada levantada ou baixa, protege o pescoço. A primeira romeira (sobrecapa) envolve os ombros e as costas, a segunda protege os braços e o peito, tendo um corte que a une à capa a qual cobre inteiramente o corpo até aos pés. Esta longa capa tem uma profunda abertura nas costas permitindo ao seu utilizador andar livremente ou montar a cavalo.
Este é um traje imponente que recorda a capacidade económica do seu proprietário senhor das suas terras.
“O abafo típico do lavrador alentejano é o capote, réplica quase fiel da capa romântica da burguesia. Com efeito, o capote militar assertoado, usado nos princípios do século XIX, foi adoptado como indumentária masculina nas décadas seguintes.” Dr.ª Madalena Braz Teixeira, catálogo da exposição Trajes Míticos da Cultura Regional Portuguesa (Ed. Museu Nacional do Traje)
O capote, sendo um abafo foi concebido para proteger o seu utilizador dos rigores do frio da planície. A gola, usada levantada ou baixa, protege o pescoço. A primeira romeira (sobrecapa) envolve os ombros e as costas, a segunda protege os braços e o peito, tendo um corte que a une à capa a qual cobre inteiramente o corpo até aos pés. Esta longa capa tem uma profunda abertura nas costas permitindo ao seu utilizador andar livremente ou montar a cavalo.
Este é um traje imponente que recorda a capacidade económica do seu proprietário senhor das suas terras.
“O abafo típico do lavrador alentejano é o capote, réplica quase fiel da capa romântica da burguesia. Com efeito, o capote militar assertoado, usado nos princípios do século XIX, foi adoptado como indumentária masculina nas décadas seguintes.” Dr.ª Madalena Braz Teixeira, catálogo da exposição Trajes Míticos da Cultura Regional Portuguesa (Ed. Museu Nacional do Traje)
Os reis D.Carlos I e D.Amélia usavam-no quando permaneciam em Vila
Viçosa, sobretudo nas caçadas ou convívios no campo, e contribuíram para a
sua difusão, por mimetismo, pela nobreza e burguesia.
Tomaz Ribas, em O Traje Regional em Portugal, caracteriza
bem a função desta peça de indumentária.
“Se o pelico e os
safões constituíam o abafo no trabalho, o capote era um luxo que os homens não
dispensavam. Todo o rapaz desejava adquiri-lo antes de casar, como prova de que
conseguiria gerir com cabeça as suas economias, dando provas que tinha assento.
Só por isto, o rapaz era já considerado um bom partido. A aquisição do capote
significava também ter chegado à fase adulta.”
2 comentários:
Partilhei o post no facebook, no grupo: Capote alentejano, uma identidade!
Um abraço
Era o capote portanto um traje das classes mais altas?
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